Nesta seção teremos reportagens relacionadas a história de autos antigos.
Os avanços, os sucessos e os fracassos da indústria automobilística
no Brasil e no exterior.

        A Isetta foi criada originalmente na Italia pela Iso Autoveicoli SpA., em 1952. Tinha um motor motociclístico monocilíndrico de 200 cm3, pesava 330 kg, e consumia 30 km/l. Sua produção começou no final de 1953. A produção da Isetta na Italia, contudo, foi muito breve, encerrando-se em 1956.

        Em 1955, a Iso concedeu licença à BMW para fabricar o carro na Alemanha, sendo esta a versão mais conhecida mundialmente (há quem pense até hoje que a Isetta foi projetada pela BMW e fabricada unicamente por esta empresa, já que a esmagadora maioria destes carros atualmente em existencia são procedentes da BMW).

        A BMW adaptou um motor de sua fabricação, igualmente oriundo das motocicletas, com 247 cm3, sendo este motor posteriormente substituido por um de 300 cm3 (em 1957) e finalmente pelo de 600 cm3 de dois cilindros. Além da BMW, fabricaram a Isetta sob licença as seguintes empresas: Velam (França), Borgward-Iso (Espanha) e a Romi (Brasil), onde o carrinho recebeu o nome de
Romi Isetta.

        Os contratos de licenciamento foram firmados em 1953. A empresa licenciada, Indústrias Romi, de Santa Bárbara d'Oeste - SP, era especializada em maquinas operatrizes, sendo esta a sua atividade principal até os dias de hoje. A Isetta foi escolhida por ser considerada um veículo ideal para as grandes cidades por seu tamanho e economia.

        A produção brasileira se iniciou em 1955 e foi até 1958, tendo sido fabricads perto de 3.000 unidades, das quais estima-se existirem cerca de 300 até os dias de hoje. A maioria utilizava o motor Iso de 200 cm3, sendo que as últimas unidades fabricadas passaram a usar o motor BMW 300 cm3, mais potente, com cerca de 13 HP (!)

        A cada ano de produção introduzia-se alguma alteração de carroceria. O modelo 1956, por exemplo, tinha o farol mais em baixo, no paralama, idêntico à Isetta italiana. Em 1957 isso foi mudado por exigência da legislação. O modelo de 1958 trazia uma carroceria minimamente maior, e poucas variedades de cor.

        Em 1959 a situação financeira da empresa se instabilizou, e por sofrerem a Indústrias Romi pressões políticas originadas pelo GEIA - Grupo Executivo da Indústria Automobilística, que não aprovava mais o modelo devido à suas características peculiares (porta frontal, um único banco, rodas pequenas, motor fraco), e com a morte do Comendador Americo Romi, seu grande defensor dentro da empresa e pessoa responsável por sua fabricação, a Romi Isetta teve sua produção desativada.

        Até o ano de 1961 alguns carros foram montados utilizando peças remanescentes no estoque da fábrica. Em 1960, o então Presidente da República Dr. Juscelino Kubitschek de Oliveira tentou impulsionar a produção da Romi Isetta, porém sem resultados. Houve ainda tentativas de acordo com a BMW e a Citroën, mas nada se concretizou, e a fabricação foi extinta no Brasil definitivamente.

        Apelidada de "bola de futebol da fenemê" (um caminhão fabricado na época) e outros nomes injustos, a Romi Isetta várias vezes chegou a ser cogitada para voltar a ter sua produção ativada, dadas as suas características de economia e fácil dirigibilidade no caótico trânsito de nossas cidades.

     Em qualquer lugar que apareça, a Romi Isetta irá sempre despertar um sem número de recordações e sorrisos dos observadores.



*Créditos:  Revista Autos Antigos e Antiguidades.



Reportagens: Romi Isetta | Preston T. Tucker

Teremos mais reportagens em próximas atualizações.
 
 

        


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